Jane Toppan nasceu em Boston com o nome de Nora Kelly, em 1854. Ainda era criança quando sua mãe morreu e seu pai, alfaiate, foi internado por tentar costurar seus próprios olhos para sempre. Depois de um breve tempo no orfanato, Nora foi adotada pela família Toppan e trocou seu primeiro nome para Jane. Levou uma vida normal até que foi rejeitada por seu noivo. Teve então um colapso nervoso e tentou cometer suicídio, mas fracassou.
Na escola de enfermagem, sua curiosidade mórbida por necropsias começou. Foi demitida depois que dois pacientes sob seus cuidados morreram misteriosamente.
Passou então a trabalhar em domicílio. Logo foi considerada bondosa e sensível enfermeira, que cuidava dos doentes e idosos das famílias mais tradicionais de Boston. Ainda assim, a maioria de seus pacientes e de suas famílias morria misteriosamente depois que ingeriam sua “poção especial”. Por mais de duas décadas, Jane fulgurou em lares da alta sociedade da Nova Inglaterra com seus coquetéis de morfina, que causaram pelo menos 31 mortes.
O primeiro “Anjo da Morte” americano terminou seu reinado em 1901, quando quatro membros da família Davis morreram. A suspeita logo caiu sobre a enfermeira que cuidava deles. O marido da quarta vítima pediu a polícia de Massachusetts que fosse feita um exame necroscópico em sua esposa. As autoridades então confirmaram uma dose letal de morfina e atropina como causa da morte. Jane fugiu, mas foi presa em Amherst, em outubro de 1901.
Já em custódia, confessou 31 assassinatos, mas acredita-se que este número esteja entre setenta e cem mortes. Em seu julgamento, realizado em 1902, médicos testemunharam que Jane nasceu com uma “condição mental fraca”, mas ela acabou confessando no tribunal que sua ambição era eliminar mais pessoas que qualquer homem ou mulher, vivo ou morto. Depois desta declaração, foi considerada insana e dirigida para um asilo, onde morreu aos 84 anos, em 1938. Até antes de morrer apresentava fantasias assassinas.
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